INTELECTO DA CACA

Paulo Tavares. Desempregado. Licenciado. Frustrado com a vida. Alguém com demasiado tempo livre

segunda-feira, agosto 24, 2009

Por vezes sinto-me assim...

quinta-feira, junho 26, 2008

HAIKU?

Fink ou LagerDia,
Qual a melhor
Se ambas embebedam?

sábado, novembro 17, 2007

bebe mais...

Another disappointment, another bump on the road.
Another shoelace tied, another wish too low.
I get what you would want, with your claw
but not for me my friend, I know what i saw.

Drop me off in the new sensation
I don't want your fixation
Let me go and set me free
Your little fun is letting me be.

Drop the ball, you fucking moron
It's so easy, hate the boredom
Because you don't love him back
You just want to hit his sack.

domingo, outubro 28, 2007

Se não sabes o que sentes, sente o que sabes, somente
Torna-te indigente, constrói de novo perspectivas de vida,
Esquece que lá habita, o preconceito de amar sem razão.
Não procuro o perdão, não, anseio pela pura verdade
Paixão com especificidade, que reclame anseios passados.
São tristes todos os fados, se são, não fazem qualquer promessa
Pois são o que interessa, na música que bate em peito esbatido
Como bem adquirido, fugídio e efémero como sabão e bolha
Venha o diabo e escolha, por lá não volto a cantar.

terça-feira, agosto 28, 2007

Bairro dos Índios!

HC! Não sabes porquê! Mas devias adivinhar!
HC! Nem a PSP, nos consegue dominar!
Drogas, fome, putaria! Pão nosso de cada dia!
Com pobreza e alegria! Do HC ninguém nos tira!

Assentos, Asentos, que irradias fealdade!
És o cancro da nossa cidade!
Mas quem cá vive sabe bem!
Tudo o resto fica aquém!

HC! Não fumas porquê? Já me 'tás a enervar!
HC! De bêbedo já nem vê! Uma punhada vais apanhar!
Álccol, obras e porrada! Anda tudo à lambada!
Tu aqui não és nada! A mãe do Mena que fique calada!

sexta-feira, agosto 24, 2007

Estas são as minhas três pedras de sal neste tempestuoso e revoltado mundo mar, onde sou sobrevivente e me tento adaptar a uma realidade com pouco recursos de qualquer índole.
Alimento coração e carcaça com o mesmo apreço a que os grilhadores sociais nos amarram com as correntes da dúvida e do infortúnio. Remo como todos em direcção incerta, seguindo o ritmo compassado do tambor, sendo o único som que temos que temos certo na nossa existência, que exasperamos com o seu ribombar, mas que já não podemos ignorar, ou imaginar como seria esta viagem sem ele. Tum. Tum. Tum. Tum.
Capitão, pirata, corsário, tripulante. Neste meu barco viro o leme ao sabor das minhas experiências sensoriais, misturadas com o impulso do descontentamento. Passo por água os porões da minha memória. caminho pela prancha da lbertação com o nervoso miudinho de dar aquele passo decisivo "às cegas", aquele passo em frente cheio de coragem. Solto as velas das mágoas que me impediam de alcançar a tão desejada satisfação de cruzeiro.
A estibordo, habitam reminiscências de corpos mergulhados em lágrimas suor e sucos, sabores diferentes, mas igualmente saborosos.
A bombordo, emana aquele bafio, o cheiro acre da ignobilidade carismática daquilo que suportamos, não por necessidade mas por uma estranha auto-omissão de alternativas.
continuo seguro de que chegarei a bom porto traçando a minha rota, e convixto de que toda esta sinestesia marítima me trará o meu próprio tesouro.

sábado, agosto 18, 2007

Coisas que me incomodam - I

Fico a pensar nas possibilidades. Sim, naquilo que poderia ter feito, acontecido, indagado. Curiosamente, não penso muito no que fiz. No que aconteceu de facto. Acho que me orgulho de saber que pensei em qualquer coisa de uma forma muito mais dedicada e honesta, do que o que realmente alcancei nesta vida. Estranho? Sim, sou eu.
Sempre reagi mal ao elogio. Desde pequeno. Ou digo uma piada, troçando de mim mesmo, ou digo um disparate daqueles que só mentes devassas e alteradas por demasiada cerveja barata do Lidl como a minha se atreveriam a soltar num momento de celebração ou comiseração. Outra das reações é a ofensa. E esta sim incomoda-me. Elogiam-me, fico incomodado, e de uma vez só, num acesso de alguma cólera e vergonha, verborreio algo que nunca me lembro, mas que parece sempre ofender bastante quem está comigo. Sei-o pelas suas caras surpreendidas e de desilusão, como se os seus queixos caídos e olhos esbugalhados ganhassem voz e dissessem:"Vai-te foder, ó macaquinho. De tudo fazes uma piada, e sempre de mau gosto!Só já falta cagares e atirar-nos a merda!Meto-te no Zoo num instante...".
Agora que penso um pouco mais afincadamente nesta questão do elogio e da minha reacção escusada e diria até digna de um bom sociopata, confesso que tenho que vos culpar a vocês pelas minhas reações aparentemente desajustadas. Principalmente a ti. Sim, sacudo a culpa do capote, como se de um pouco de merda de pássaro se tratasse. Culpo-te a ti. Nada atingi neste mundo. não deixei a marca em nada nem em ninguém. Não serei lembrado, pois nunca fui esquecido.
E sim, sei que tenho uma grande lata em falar disto como se tivesse a coroa da Helen Mirren entalada no cu, mas se me incomoda... Vamos evitar o sarcasmo, ok? vamos evitar ser básicos.