Salão de Baile
Observo a vida enquanto descanso à sombra da àrvore do enforcado. Daqui vejo-me a entregar-me a danças para as quais não tenho ritmo e danço. Neste baile ninguém tem pernas, mas os seus corpos entregam-se ao frenesim demente e decadente. Bailarinos inconscientes, rodam à volta do alçapão onde, ao caírem, encontram aquilo que sempre procuraram sem saber...
E as térmitas vão devorando o salão...
Os corpos suados roçam-se lascivamente, entregam-se a comportamentos adúlteros e indecentes enquanto flutuam em partes de ar onde outrora existiram as suas pernas. E a dança continua ao som da deliciosa música provocada pela trovoada, mesmo sem os pés tocarem no chão.
Entretanto as térmitas devoram o salão...
Um a um entregam-se à escuridão e à medida que caem no alçapão, onde incubam sonhos que nunca atingirão. Levam consigo sorrisos amarelos na cara do cadáver que tarde demais abre os olhos para a vida, fechando-os a sete chaves no caixão.
Vão sobrando as térmitas a devorar o salão...
E salta o pó no último trovão musical! Acaba-se a música, acaba-se a dança, acaba-se a vida! Desaba o salão, agora no estômago das térmitas, que lentamente é sugado para o alçapão com violência.
Agarro-me à única pessoa com pernas neste baile, que pende sobre mim com uma corda ao pescoço, e evito ser sugado.
Dás-me um pouco da tua corda?
Ficam as térmitas, ficam os enforcados, acabou-se o salão...
Acaba-se a música, acaba-se a dança, acaba-se a vida...
... Já não se houve o trovão!
BY: Ricardo "The Sarge" Mouro
E as térmitas vão devorando o salão...
Os corpos suados roçam-se lascivamente, entregam-se a comportamentos adúlteros e indecentes enquanto flutuam em partes de ar onde outrora existiram as suas pernas. E a dança continua ao som da deliciosa música provocada pela trovoada, mesmo sem os pés tocarem no chão.
Entretanto as térmitas devoram o salão...
Um a um entregam-se à escuridão e à medida que caem no alçapão, onde incubam sonhos que nunca atingirão. Levam consigo sorrisos amarelos na cara do cadáver que tarde demais abre os olhos para a vida, fechando-os a sete chaves no caixão.
Vão sobrando as térmitas a devorar o salão...
E salta o pó no último trovão musical! Acaba-se a música, acaba-se a dança, acaba-se a vida! Desaba o salão, agora no estômago das térmitas, que lentamente é sugado para o alçapão com violência.
Agarro-me à única pessoa com pernas neste baile, que pende sobre mim com uma corda ao pescoço, e evito ser sugado.
Dás-me um pouco da tua corda?
Ficam as térmitas, ficam os enforcados, acabou-se o salão...
Acaba-se a música, acaba-se a dança, acaba-se a vida...
... Já não se houve o trovão!
BY: Ricardo "The Sarge" Mouro
1 Comentários:
Às 11:56 da tarde , blue disse...
Só talento esse moço!
Gostei bastante!
beijinhos p ti tufão!*.*
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