Objecto/Subjecto
A falta de objectividade é um mal de que padeço. Sempre vazio, desobstinado, sem conteúdo. Não tenho culpa. Atribuo esta falha no meu metabolismo lírico-poético ao vazio que encontro em certas partes da minha vida. Preocupando-me demasiado em dar formalidade às palavras, devaneio em termos que revestem a minha escrita de um exo-esqueleto de trivialidades. Sem menção de algo concreto e explícito, sem mensagem subliminar, textos aborrecidos de palavras aborrecidas. Conjuntos de logismos sem par que tome as rédeas, que assuma controlo, que restabeleça ponderação, que lhe dê o sentido. Um sentido, por mais absorto de significância que seja.
Então, porquê continuar a deambular pelas bermas da temática, se pelos vistos não tenho o que é inverosímil à auto-estrada do pensamento?
Pois bem, resposta simples, tão simples: percorrendo mais quilómetros de lápis na mão, conhecendo a borracha como uma companheira a quem nunca atraiçoámos, chegaremos ao mesmo destino, seja lá ele qual for. E aí, quem será o mais simplista, o mais oco de sentido?
Então, porquê continuar a deambular pelas bermas da temática, se pelos vistos não tenho o que é inverosímil à auto-estrada do pensamento?
Pois bem, resposta simples, tão simples: percorrendo mais quilómetros de lápis na mão, conhecendo a borracha como uma companheira a quem nunca atraiçoámos, chegaremos ao mesmo destino, seja lá ele qual for. E aí, quem será o mais simplista, o mais oco de sentido?